
Uma pesquisa desenvolvida por Kamila Andrade Sousa, no Mestrado em Ciências da Saúde da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, investigou a associação entre rigidez arterial, cognição e locomoção em pessoas idosas acompanhadas na atenção primária à saúde, o que é importante para preservação da autonomia e qualidade de vida durante o envelhecimento.
A rigidez arterial é uma condição que tende a se intensificar com o avanço da idade e com a presença de fatores de risco, como hipertensão e diabetes. De acordo com Kamila, os resultados da pesquisa apontam para uma associação significativa entre a rigidez arterial e prejuízos na cognição e na locomoção. “Esses dados reforçam a importância do monitoramento da saúde vascular como estratégia para prevenir ou retardar declínios funcionais em idosos”, afirma a pesquisadora.
A professora e orientadora, Dra. Leani Souza Máximo Pereira, destaca a relevância do tema diante do crescimento acelerado da população idosa no país. “O envelhecimento é uma conquista, mas traz desafios importantes, principalmente para o sistema público de saúde. Pesquisas como a da Kamila são fundamentais para identificar precocemente perdas funcionais e evitar a sobrecarga dos serviços de média e alta complexidade”, afirma.
A expectativa é que o estudo contribua para qualificar o cuidado prestado à população idosa na atenção primária, servindo de base para estratégias de prevenção mais eficazes. “Se conseguirmos detectar a rigidez arterial de forma precoce, podemos planejar melhor o manejo clínico e atuar diretamente na manutenção da autonomia dos idosos”, conclui Kamila.
