Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais avaliou a eficácia e a segurança do Laser Erbium: YAG no tratamento da atrofia vulvovaginal em mulheres sobreviventes do câncer de mama. O estudo piloto foi conduzido pela pesquisadora Keila Seabra Teles Ferreira, sob orientação da Profa. Dra. Gisele Viana de Oliveira.
A atrofia geniturinária da menopausa é uma das principais queixas dessas pacientes. Em sobreviventes do câncer de mama, essa condição tende a ser mais severa do que na menopausa fisiológica, agravada pela impossibilidade de uso da terapia hormonal, considerada o tratamento padrão-ouro, devido a contraindicações relacionadas ao histórico oncológico.
“Essas mulheres ficam praticamente sem opções de tratamento efetivo. Nosso estudo alcançou resultados muito promissores com o Laser Erbium, e foi muito gratificante contribuir para que essas pacientes não apenas sobrevivam, mas tenham qualidade de vida após o tratamento do câncer de mama”, explica a pesquisadora.
O estudo avaliou 12 pacientes atendidas pelos serviços de Mastologia e Oncologia do Sistema Único de Saúde (SUS) em Varginha (MG). Os resultados iniciais indicam que o uso do Laser Erbium pode ser uma alternativa viável e segura, abrindo caminho para novas pesquisas.
Impacto social
O trabalho também traz um importante viés social. De acordo com Keila Seabra, trata-se de um grupo cada vez mais jovem, com maior taxa de sobrevida, mas que enfrenta um problema pouco reconhecido.
“Nosso estudo contribui para preencher uma lacuna na Medicina. Essa dor, que é tão incômoda e afeta de forma significativa a vida dessas mulheres, muitas vezes não é vista ou tratada adequadamente”, reforça.
Tema: Eficácia e segurança do Laser Erbium:YAG no tratamento da atrofia vulvovaginal em mulheres sobreviventes do câncer de mama: um estudo piloto
Pesquisadora: Keila Seabra Teles Ferreira mestrado da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais